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A ÁGUIA E A GALINHA

A ÁGUIA E A GALINHA
A ÁGUIA E A GALINHA

Conheçam o meu livro: MARIA, MADALENA,AMÉLIA, CÚ.

quarta-feira, 10 de março de 2010

livro CÚ


CONTINUAÇÃO DO 2º CAPÍTULO DO LIVRO INTITULADO:
                                               CÚ
As únicas crianças com quem ela podia brincar eram seus primos, mas sempre quebravam seus brinquedos e geralmente levavam embora justo aqueles que ela mais gostava, sempre alegavam que ela tinha muitos que não iria fazer falta assim dizia minha tia e minha mãe consentia, esses foram meus primeiros sentimentos de perda.



Eram raras as vezes que Isis podia sair para brincar com outras crianças, como quase nunca brincava com elas, alem da sua timidez, era muito desajeitada para brincar com elas se atrapalhava toda e geralmente as outras crianças acabavam descartando-a das brincadeiras e ali de fora, como sempre, só ficava olhando era o que mais ela sabia fazer.


Mas, era uma felicidade plena, esses raros momentos de brincadeiras, era tão bom brncar de roda, como ela adorava aquelas cantigas, ela não gostava nem um pouco quando sempre a colocavam para ser a filha da mãe pobre, que oferecia a filha para adoção,


Eis aqui um pedaço da canção eu sou pobre, pobre, pobre, de maré, maré, maré, eu sou pobre ,pobre, pobre, de maré de Si..


As brincadeiras de pular corda, jogar peteca, brincar de amarelinha ( céu e inferno) era tudo de bom, coisas que nunca esquecerei.


Desde aquela época eu era muito invejada, tinha uns cabelos maravilhosos muito longos abaixo da cintura, todinho cacheado, as crianças gostavam de admirar meus cabelos, minha tia vivia falando para ela cortar pois eles estavam atrapalhando o meu crescimento, como eles eram muito bonitos minha mãe nunca os cortou, mas eles geravam muita inveja por parte de outras crianças que viviam me excluindo das brincadeiras e em outras vezes puxavam briga, tudo para poder puxar meus cabelos com vontade, eu sempre perdia por isso.


Sempre me sentia diferente das demais crianças, sempre deslocada, parecia que aquele mundinho pertencia a elas e não a mim.


E a solidão passou a ser a minha companheira de aventuras, nela eu deixava a minha imaginação voar e no meu mundinho de faz de conta, eu me divertia, eu fazia minhas brincadeiras.
ISIS ANTUNES











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