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A ÁGUIA E A GALINHA

A ÁGUIA E A GALINHA
A ÁGUIA E A GALINHA

Conheçam o meu livro: MARIA, MADALENA,AMÉLIA, CÚ.

quinta-feira, 18 de março de 2010

CONTINUAÇÃO DO LIVRO CÚ




MARIA

Teceiro capítulo

Um mundo novo
As viagens
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Henrique sempre que podia levava Isis junto com ele quando ia fazer corrida de táxi, principalmente quando era fora da cidade, nas imediações, sempre viagens curtas, mas para ela era muito bom, principalmente colocar seu rosto na janela e sentir a liberdade o vento, sentir e ver a natureza, o cheiro do mato, o verde das matas, os animais ao longe, tudo era mágico, parecia que ela via os seres pequenos da mata, ora em cima das árvores, ora no chão trabalhando, as vezes lhe acenavam com as mãos, ela falava com seu pai mas ele nada via, acho que pensava coisas de criança,Isis sempre cobrava e ele nunca negava sempre que podia a levava.
Um dia em uma de sua viagens ele achou um filhote de raposa, levou para casa mas linda ficou com medo por causa de Isis e pediu para que ele levasse embora, o que ele fez com o filhote nunca se soube.
Júlia tinha um carinho especial por sua neta, nessa época ela freqüentava a casa da sua filha, gostava muito de Henrique seu genro, estava morando na capital São Paulo e sempre que podia vinha visitar as filhas.
Um dia ela chegou dizendo:
-Amanhã eu volto para São Paulo e pretendo levar Isis comigo, não adianta retrucar, está decidido.
Quando Isis ouviu ficou felicíssima, pela primeira vez ela iria viajar de trem, conhecer a Maria Fumaça era tudo de bom.
Quem consegue dizer não quando olhinhos castanhos, lindinhos pedem com tanta candura!
O encanto começou na viagem de trem, ela foi do lado da janela, olhando as coisas mais belas,a linda estação, passa poste, passa trilho, tudo tem mais brilho no verde das matas, nas alturas das montanhas, nas cores das vacas e dos cavalos,as diferentes estações que ficaram para traz, o punhado de gente, aqui e acolá, a estradinha tão pequenina e olhe as meninas, grande e pequenas nunca são as mesmas é sempre coisa nova, muita coisa pra ver, tão rápido e depressa.que vento danado soprava seu rosto, despenteava seus cabelos, outras horas iam embora e depois voltavam de outro lado.eram cidades, casas, paisagens e animais que não acabavam mais.
A estação em São Paulo era grande demais na cidade tudo era muito alto, eram casas, prédios, pessoas bondes, ônibus que não acabavam mais,eram tantas pessoas, tudo alto e longe demais, meu medo era de me perder da minha avó e não achar ela mais.
Como fiquei cansada a viagem não acabava mais, o cansaço era tanto que tudo perdia a graça e não tinha mais aquele encanto, o barulho já me incomodava, até que finalmente o ônibus parou no ponto e nós descemos no bairro do Tatuapé.


Issis Antunes

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